1 de mai. de 2009

Tá De Boca Aberta Ainda? Eu também!

Desculpe os entusiastas das coisas brasileiras. Da comida ao cinema, do futebol à tv, mas quando vejo o episódio piloto de Força Tarefa e a tentativa de continuar um clichê iniciado com o excelente Cidade de Deus, vejo que em termos de entretenimento para televisão (ao menos), estamos dezenas de anos luz de distância. E se você assistiu The Variable, o episódio de 14 da quinta temporada de Lost, sabe o porquê.



The Variable talvez tenha sido o mais fantástico episódio exibido este ano da perfeita temporada de Lost. E por que tanta empolgação? Por um motivo simples: chegamos á conclusão de que tudo era "verdade" e que não enganaram a nenhum de nós, parte da fanática família Lost. Espero que nenhum ricaço do cinema cometa a barbarie de querer transformar em filme, o que deve estar imortalizado como série.

E quando digo, "não enganaram" é pelo fato de todas as explicações, cenas trancadas, dúvidas nas faces, explicações absurdas, tinham uma linha tênue e razoável de lógica. E o meu xará Daniel Faraday era o elo, vindo da quarta temporada, que desenhava o roteiro para a vida da história.

O pequeno gênio volta à 1977 para evitar uma tragédia. Ou melhor: duas. A sequência dos fatos é: um acidente físico-químico, a prevenção para um desastre (a construção da Escotilha Cisne) e um desastre, que é o motivo de assistirmos a série: o acidente e a ilha ou vice-versa.

Na Iniciativa Dharma tudo mal. Nosso LeFleur - cada dia menos Sawyer - não vê mais saída para ele e Juliet e consequentemente para Miles, Hurley, Kate, Jack (Matthew Fox faz péssima temporada) e Jin, após o pequeno Ben ter sido levado, com a ajuda de todos, para os hostis e ser "curado". Sem contar a agressão sofrida por Phil, membro da Dharma e contido por James, para que não dedurasse a ação dele e de Kate.

Enquanto isso...

Faraday vai contando sua história de menino gênio e das poucas (mas profundas) manipulações que sofreu de sua mãe, Eloise. Vemos cenas de outras temporadas - como a que está em um sofá vendo o avião da Oceanic no fundo do mar e chora copiosamente - o que acontece á seguir é a visita de Charles Widmore, convocando para missão que todos sabemos.

E descobrimos que o barbudo físico não escreve suas fórmulas e memórias em um caderno - presenteado por sua mãe - apenas porque um estudioso precisa de suas anotações próximas, mas porque Daniel tem um problema crônico de memória. Vemos o acidente causado em Oxford (se eu não me engano já havia sido abordado na terceira temporada) com sua namorada Thereza e quanto sua vida foi marcada pela palavra DESTINO.

Então todo o episódio trata da tentativa desesperada de Daniel cumprir seu destino, malfadado destino, e evitar o início do início. Para isso, vale até dizer ao Dr. Chang, que Miles é seu filho. E que ele é do futuro. Obviamente, todas as reações do cientista chinês eram sabidas de Daniel e tudo aconteceu conforme o que ele esperava, tal qual uma coreografia, quando se sabe o passo da dama e/ou parceira.

Vemos mais uma vez os "viajantes" dividindo-se entre Hurley, Miles, Sawyer e Juliet, estes na tentativa de voltarem à praia; enquanto Faraday, Kate e Jack vão em direção aos hostis, em direção à Eloise... no passado. No futuro, ela tenta consolar Penny de Desmond, afinal, nosso brotha está ferido por ter livrado a filha de Charles (e irmã de Daniel... depois você descobre...) da tentativa de assassinato de Benjamim Linnus, por vingança.

Tanta coisa aconteceu...

No entanto, para não terminar o review e deixar os leitores do LpS na mão, uma constatação: o diálogo que Daniel tem com Kate e Jack, dentro da mata, próximo a uma pequena fonte, é o DIÁLOGO QUE EXPLICA A SÉRIE, com isso, parabéns, GAME OVER! Você que teve a paciência e a persistência de entender as dúvidas mais cabais e fundamentais da maior saga escrita para TV e chegou(?) ás MAIORES CONCLUSÕES neste episódio.

Quanto ao final, mais emoção, impossível! Quer dizer, quando se trata de Lost, sim, é possível, que indo para o "finalzinho" desta temporada, ainda sejamos pegos estupefatos, com tanta qualidade num programa que se define como entretenimento, mas, tudo na série leva a reflexão e a pensamentos além da mesmice da TV. Lost se tornou um bom motivo para filosofar e descobrir respostas e fazer algumas perguntas.

Para terminar: Qual é o seu destino?

7 comentários:

J.J. disse...

Melhor review que vc já fez Daniel !!Parabens .

Enquanto ao capitulo... Puxa, que triste foi a vida de Faraday. Viver sob as ordens de uma mãe que tenhu duvidas se gosta dele ainda. E um pai poderoso que nao ta nem ai pra ele. Ta explicado pq ele eh tao doido da cabeça.

Ele nao merecia morrer .... =(

Adelson (TD Séries) disse...

Olá, Daniel.

Este episódio de Lost foi mesmo surpreendente. Há muito tempo eu já torcia pelo retorno de Daniel Faraday, pois ele era o personagem que sempre sabia tudo o que estava acontecendo.

Pena que sua história tenha sido tão triste, desde sua infância até o final trágico na ilha. Mas, em Lost, a morte é um conceito muito relativo. Espero ver o físico maluco outras vezes.

Um abraço!

Petterson Lima disse...

Daniel, Força Tarefa não é a única série que o Brasil já fez. Ela realmente não pode ser boa mesmo, mas o nosso país tem produções ótimas e de sucesso também.

Fato é que geralmente as séries sempre caem nesse lado da policia e tals o quê é um saco mesmo. Mas o Brasil produz coisas bacanas sim e isso não tem nada a ver com o fato de Lost ser bom ou não ;)

E falando do episódio, foi muito bom mesmo. A história do Faraday é bem triste, mas também todo mundo ali na ilha tem uma horrivel história pra contar né? Praticamente todos os personagens tiveram passados sofriveis, é foda.

Agora é só aguardar e conferir os dois ultimos episódios da temporada que prometem surpreender!

Abraço

Daniel Junior disse...

Peter, a crítica que eu fiz foi para FORÇA TAREFA e não a produção brasileira. Embora eu ache, que o que é produzido no Brasil, em sua maioria, seja MUITO RUIM. Ele capricha em minisséries para contar sua própria história (vide as séries que contam um pouco do Brasil colônia), mas não investe em séries sérias (com o perdão do trocadilho). Sob Nova Direção, Toma Lá da Cá, A Grande Família, A Diarista, Os Normais... e séries dramáticas? Onde ficam? E roteiros densos e bem articulados, onde estão?

Há coisa boa? Sim, mas perto da quantidade de produções caprichadas enlatadas, nem chega perto.

Vou dar um exemplo. A HBO é um canal de filmes, mas qdo investe em séries, só faz petardos de qualidade IMPRESSIONANTE. Porque continuar investindo em novela? Eu e você sabemos a resposta.

Gregory disse...

Olha eu sinceramente esperava mais desse episódio de Lost. Até por ser o 100º e tal.

Gostei da história do Faraday, realmente muito bem articulada com os flashbacks e com o seu final diante de sua mãe.

Agora, sinceramente acho que esse episódio ficou devendo em termos de explicações. A sinopse do episódio dizia que o Faraday iria falar "tudo o que sabia sobre a ilha". Não passou nem perto.

Storm disse...

Não passou nem perto...? Ele disse "tudo que sabia sobre a ilha" e não, "tudo que queremos saber sobre a ilha". Acho que há uma diferença...

Ricardo Martins disse...

PARABÉNS PELO POST ADOREEEEIIIIIIII!!!
LOST É A MAIOR SERIE FEITA DO MUNDO, NUNCA VI UMA SERIE SER TÃO BEM ESCRITA E REALIZADA, SOU APAIXONADO POR ELA PELOS ATORES, PELA ILHA POR TUDO!
É MINHA SERIE PREFERIDA DESDE 2006, QUANDO A CONHECI!!! E ATÉ HOJE E ATÉ SEMPRE SERÁ!
SOU APAIXONADO POR ELA!!!
NAMASTE!
VOCÊ NEM IMAGINA COMO FIQUEI FELIZ COM ESSE POST!

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