[ Esse texto é um resumo dos 5 primeiros episódios da 1ª temporada ]
Várias formatos e temas têm consagrado diversas séries nos últimos anos. Um exemplo clássico é "Lost" que, até hoje, não conseguiu achar, digamos assim, um substituto à altura. Várias séries têm tentado, mas até agora nenhuma teve sucesso.
Outras que merecem destaque são as duas primeiras temporadas de "Heroes" e a ganhadora do EMMY "Modern Family".
Como "Lost" acabou, a ABC precisava de uma nova estrela para tentar substituí-la, e a jogada desse ano foi No Ordinary Family: uma mistura das duas últimas séries citadas ("Heroes" e "Modern Family").
O resultado, que muitos esperavam ser catastrófico (eu me incluo neste grupo), não deixou nem um pouco a desejar.
A criação de Greg Berlanti e Jon Harmon Feldman é mais centrada no drama familiar do que nos super poderes que os protagonistas adquiriram, e isso faz o diferencial da série.
Na trama, os Powell, com a intenção de aproximar mais a família, saem de férias para Belém do Pará (isso mesmo, você leu certo!) e durante a viagem eles sofrem um acidente num monomotor, caindo dentro de um rio. A única vítima fatal é o piloto que era também a única pessoa no aeroplano que não pertencia à família.
Num primeiro momento suas vidas não tem grandes mudanças, até a descoberta dos poderes: o pai, Jim, tem uma super-força e é capaz de dar saltos surpreendentes, a mãe, Stephanie, adquire a super-velocidade, a filha, Daphne, consegue ler pensamentos e o filho, J.J., um super-cérebro.
A descoberta desses novos poderes,obviamente, irá causar grande impacto na vida dos quatro. Seja ao fazer Jim agir como um policial de verdade, um herói das ruas, como sempre desejou, e não apenas a pessoa que faz o retrato falado, ou seja tornando o disfuncional J.J. um dos garotos mais populares da escola.
Só que, como disse anteriormente, os poderes servem apenas como pano de fundo para apresentação dos conflitos familiares e morais ao longo de cada episódio. Como agimos quando temos o, literalmente, poder de mudar certas coisas.
Vemos um vigilante que não mede esforços para trazer a justiça, mas nem sempre essa justiça é o melhor caminho.
Vemos uma pesquisadora que ao tentar chegar, literalmente, à raiz do que aconteceu à sua família pode estar colocando-a em risco, sem nem ao menos se dar conta do perigo.
Vemos uma adolescente tentando não entrar na mente dos mais próximos sem confundir a sua cabeça já confusa, típica da idade, e colocá-la em situações embaraçosas e constrangedoras.
Vemos um garoto que antes se encontrava numa condição de deficiência escolar, e agora torna-se um gênio, alegando para os pais que foi o único da família que não ganhou poderes, mas que o acidente fez com que ele mudasse, que ele se esforçasse. Para o menino, essa era a única maneira dos pais se orgulharem dele.
Os super-poderes servem para maximizar as situações do cotidiano, tornando o extraordinário nada mais do que ordinário.
É claro que a série não pode deixar de lado os efeitos especiais, frases de efeito e momentos engraçados que, conjuntamente com os atores, que desempenham seus papéis com bastante eficiência, tornam "No Ordinary Family" mais do que um simples programa de entreterimento.
Aos poucos, também, estão sendo introduzidos mais super-poderosos, inclusive os vilões, que não mostraram extamante ao que vieram, mas pode ter-se uma vaga noção após o episódio 05, "No Ordinary Earthquake", onde um dos protagonistas tem uma rápida conversa com um desses misteriosos que também possuem super-poderes.
Agora que foi garantida a primeira temporada completa, espero que o seriado mantenha o ritmo e caia no gosto do povo americano, pois caso contrário, teremos mais uma história mal contada.
Nota: 8,5